Truly, Madly, Deeply Capítulo 78 - Uma segunda chance para recomeçar

– Angel P.O.V's
Acordei, meus olhos doíam, as luzes não cooperavam. Minha cabeça doía, na verdade todo o meu corpo. Senti algo penetrar meu braço, virei de lado, um caninho com um liquido amarelo entrava na minha veia do outro caninho um com sangue. Na minha boca havia um acoplado, aqueles aparelhinhos de respiração artificial. Muito eficiente, fechava a boca com a língua, mesmo assim o ar entrava. Tinha uma sanfoninha pendurada que enchia e esvaziava.
Reparei no ambiente. Era um quarto pequeno, com uma luz fria. Não sabia se era dia ou noite, pois as cortinas da única janelas que havia ali estava fechada. Á minha esquerda eu podia ver uma mesa com equipamentos respiratórios e com o famosos bip que para quando morremos, felizmente estava ligado. A direita podia ver apenas uma parede branca. A minha frente havia uma porta com um pequeno um vidro um pouco transparente, tentei me erguer, mas não obtive sucesso.
Não conseguia me lembrar de nada."O que aconteceu comigo?", essa pergunta rodava a minha cabeça que já estava latejando de tanto pensar. Será que algum trauma instalou-se? Será que sofri algum acidente?
Ouvi vozes e percebi que havia gente na sala. Comecei a balançar a cabeça para chamar atenção. Veio uma enfermeira e perguntou se estava tudo bem " Hum, eh" era a única coisa que saia da minha boca.
Ela perguntou se eu queria tirar o aparelho. Fiz um gesto afirmativo, ela pediu para eu esperar um pouco e saiu. Nunca sentira tanta falta da minha voz. Precisava saber se era sério o que tinha acontecido, se eu estava bem, queria falar, ouvir, e naquela sala não havia nada, apenas o barulho dos aparelhos.
A enfermeira voltou a com mais dois homens vestidos de branco, um estava com um jaleco, ele com certeza era o doutor. Perguntaram-me se eu seria capaz de respirar sem a sanfoninha. Era óbvio que podia, afinal de contas eu estava absolutamente acordada. Minha boca estava livre, perguntei o que havia acontecido e eles indagaram:
Médico: Você sofreu um acidente muito grave. – me encarou.
Eu: Eu não consigo me lembrar de nada – sentei na cama com a ajuda da enfermeira.
Médico: Você foi operada – o olhei atenciosamente
Eu: O que? – perguntei confusa – Aconteceu alguma coisa comigo?
Médico e a enfermeira entreolharam-se e em seguida o médico falou:
Médico: Acho melhor descansar.
Eu: Pode me contar o que houve? – insisti.
Médico: Você sofreu um acidente de carro, precisa descansar bastante.
Minha cabeça doía e por um segundo pensei que iria morrer, eu não conseguia me lembrar de nada, onde eu estou? Qual o meu nome? A enfermeira me ajudou a deitar na cama e em seguida cobriu-me com um lençol, estava fazendo frio. Fechei os olhos e respirei profundamente.

– Angel? – essa voz, essa voz fez o meu coração disparar.
Ergui o olhar para a porta e vi um garoto loiro vestindo um moletom, seus olhos estavam inchados, seu cabelo estava bagunçado e sua expressão era preocupada. Eu já o vi antes, mas aonde?
De repente o homem – que veio junto com a enfermeira e o doutor – segurou o garoto que estava desesperado. Eu queria que ele ficasse, mesmo não sabendo quem era aquele garoto, ele estava praticamente lutando para ficar ali, e ao ver isso meus olhos marejaram. Depois que , o que eu acho ser um segurança, tirou o garoto da sala, o doutor saiu do quarto deixando-me sozinha com a enfermeira.
O doutor estava conversando com algumas pessoas na sala de espera, a enfermeira colocava algum remédio no caninho que estava ligado a minha veia. Eu estava fraca, não sabia o que tinha acontecido. Minha cabeça doía. Doía muito. Eu queria que alguém me dissesse algo, queria ouvir uma resposta.

– Narrador P.O.V's

O forte ruído de respiração artificial instalou-se no quarto. A enfermeira havia injetado um medicamento que fez Angel entrar em sono profundo em apenas alguns minutos. O doutor Adam Palms estava conversando com Tyler e Jess, e Niall que não conseguia ficar quieto, suas mãos passavam pelo seu rosto quase que de milésimo a milésimo, ele contia algumas lágrimas enquanto ouvia atenciosamente capa palavra do doutor.
Tyler: Ela vai ficar bem? – perguntou preocupado.
Dr. Palms: Não consegue lembrar-se de algumas coisas, mas isto não é permanente  – Jess respirou aliviada – Ela viverá bem, garanto que teve sorte, ao contrário do pequenino – ajeitou seu óculos. Niall respirou fundo com os olhos fechados, Jess sentia seu coração partir-se e Tyler sentia tantas coisas ao mesmo tempo que era impossível achar uma única sensação – Eu sinto muito.
Tyler: Pode explicar o que aconteceu? – pediu em meio às lágrimas.
Dr. Palms: Quando a Angelina chegou ao hospital estava com um sangramento, o feto não aguentou a pancada e… – olhou para baixo – Foi necessário fazer a curetagem pois o feto já não tinha mais vida. Esta foi a causa do aborto – fixou os olhos em Tyler.
Enfermeira: Dr. Palms a doutora Wilson está precisando de sua ajuda – a enfermeira chamou.
Dr. Palms: Preciso ir – se despediu.
Niall soluçava alto, ele se sentou na cadeira assim que sentiu suas pernas perderem o movimento.
Jess: Pelo menos ela ficou bem – disse entre soluços.
Tyler assentiu e sentou-se ao lado de Niall. Era quase impossível Niall para de chorar, a cada momento que ele limpava a lágrima outra a substituía. Niall encarava suas mãos. Ele podia ver as veias de cor verde e azul através de sua pele clara, podia senti-las saltitando. Passou as mãos nos cabelos e em seguida no rosto, queria acabar com aquela sensação.
[...]
– Angel P.O.V's
Sentia meu corpo receber movimentos. Continuei com os olhos fechados. Conseguia ouvir algumas vozes, mas não consegui identifica-las. Assim que abri os olhos encarei o quarto com uma mulher, um homem e um garoto, o mesmo que apareceu aqui há algumas horas. Sentia que já havia os conhecido, mas não conseguia me lembrar o nome deles ou o que eram para mim.
– Oi... – disse a mulher loira.
Eu: Oi – respondi meu desconfiada enquanto encarava os olhos do garoto que não parava de chorar.
– Oi, querida – o homem se pronunciou.
Eu: Quem são vocês? – indaguei. Isso pareceu acerta-los como um soco, os três ficaram perplexos e parados. Eu queria tentar lembrar o nome deles, mas quanto mais tentava mais a minha cabeça doía. O médico entrou no quarto. – Doutor, onde eu estou e quem são eles?
Doutor: Querida, você sofreu um acidente e perdeu a memória, mas por um período curto. Esses são os seus pais – apontou para o homem e a mulher – e este, de acordo com ele mesmo, seu noivo – apontou para o garoto loiro.
Eu: N-noivo? – gaguejei – Agora que você disse algumas coisas estou começando a lembrar.
Doutor: Ótimo, lembra o nome da sua mãe?
Eu: J...Jess? – indaguei confusa.
Mãe: Sim querida! – sorriu.
Doutor: E dele? – apontou para o meu pai.
Eu: Taylor... – disse sem ter certeza – Tyler! – corrigi e todos sorriram, menos o garoto.
Doutor: E agora, ele – apontou para o loiro de olhos azuis.
Eu: Eu não consigo me lembrar – ele respirou fundo.
Doutor: Vamos Angelina, tente.
Eu: Angelina?
Doutor: Este é o seu nome, mas sua família e seus amigos lhe chamam de Angel.
Eu: Como anjo?
Mãe: Porque você é um – disse com lágrimas nos olhos. Sorri e olhei para o garoto novamente, ele era lindo, sua pele branca e seus cabelos loiros, suas bochechas estavam vermelhas e os azuis de seus olhos estavam escondidos atrás de lágrimas que não paravam de sair.
Eu: Doutor, por quando tempo ficarei aqui?
Doutor: Pode ir hoje mesmo.
Eu: Vou me lembrar o que aconteceu?
Doutor: Irá se lembrar logo.
Eu: Será que isso foi uma segunda chance? – a pergunta instalou-se no silêncio da sala – Será que Deus quer que eu tenha uma chance de recomeçar? – eles continuaram me olhando – Quantos anos eu tenho?
– Dezessete – respondeu o garoto.
Eu: E você?
– Dezoito.
Eu: Eu ainda vou para a escola não é?
Mãe: Sim.
Eu: Eu me lembro de um nome...Grace.
– Ela é sua amiga, uma das melhores. – sorriu o loiro.
Eu: Jessie é a minha irmã?
Pai: Sim – disse sorridente – Como descobriu?
Eu: Eu lembrei. – encarei o garoto novamente – Niall – disse em um suspiro.
Ele fechou os olhos ao ouvir o seu nome, depois sorriu.
Niall: Sou eu – sorriu.
Doutor: Isso irá acontecer, ela lembra-rá de tudo aos poucos até quando irá se lembrar de absolutamente tudo e quando isso acontecer não a deixem nervosa ou agitada, ela precisa descansar senão ela pode perder a memória novamente. Responda todas as perguntas. – olhou para os meus pais.
Eu: O que aconteceu com o meu braço?
Doutor: Você fraturou o braço.
Eu: Quem me atropelou?
Pai: Ele já deve estar preso.
Eu: Mas eu estou bem, ele só precisa pagar uma indenização, ninguém morreu. – dei ombros e o silêncio voltou a se instalar – Alguém morreu?
Doutor: Angel, – fixou seus olhos nos meus – você estava grávida. – arregalei os olhos.
Eu: O que? – berrei – Ele está bem, não está? – olhei esperançosa para Niall.
Doutor: Infelizmente não – isso me acertou como uma facada no coração, não conseguia pensar, falar, ouvir ou me movimentar, estava estática. – Eu sinto muito. – engoli seco.
Eu: Quantos...Quantos meses?
Niall: Ia fazer um – disse com um meio sorriso.
Eu: Você era o pai? – ele assentiu – Me desculpe – sussurrei.
Niall: A culpa não foi sua.
Eu: Claro que sim, eu arruinei minha vida, a sua e a de todos em minha volta, se pelo menos eu me lembrasse o que tinha ido fazer! – passei as mãos nos cabelos.
Doutor: Não diga isso, Angel.
Eu: Como não posso sentir culpa? O que eu estava fazendo naquela hora da noite?
Doutor: Você irá se lembrar ao poucos.
Eu: De que adinta lembrar se não posso refazer?
Niall: Angel, não se preocupe – aproximou-se de mim.
Eu: Não me toca – disse entre lágrimas – Eu quero ficar sozinha.
Minha mãe chorou ainda mais, Niall me olhava no fundo dos olhos e eu estava me sentindo incomodada. O doutor pediu para que eles saíssem do quarto, Niall não queria deixar, mas o médico sussurrou algo no seu ouvido que lhe fez mudar de ideia. O doutor também saiu do quarto e eu fiquei sozinha, encarando o teto. O que aconteceu? Tenho que me lembrar, não consigo me lembrar de nada e de mais ninguém.
Uma enfermeira adentrou no quarto, ela sorriu e eu continuei séria. Ela colocou algo no caninho direito que estava ligado ao meu braço. Resolvi ignorar e continuar tentando lembrar, mas não conseguia nada. Até que um sono veio a me atormentar, lutava para manter os olhos abertos, mas não consegui lutar por tanto tempo.

Olá sweeties como estão? ^^
Desculpe pela demora, ou por deixá-las ansiosas. Queria agradecer a todos os comentários, amo vocês suas divas ♥
Não sei se todos virão, mas eu postei a sinopse da minha próxima fanfic sem querer. Quem viu, que bom, e quem não esperem mais um pouquinho. Para quem não vi irei falar um pouco sobre, o nome é O Namorado da Minha Amiga, o mino da fanfic é o Louis <3. Aqui está um breve resumo:
"Em seu último ano na Faculdade de Artes Cênicas, Savannah faz parte do clube de atividade extras e tem como melhor amiga Alexandra Jones, sua colega de quarto. Os problemas começam a aparecer quando um novo garoto chega á faculdade: Louis Tomlinson, um garoto de vinte e dois anos que foi transferido após um ser expulso da antiga faculdade, em Londres. Ele tem olhos que encantam a maioria das garotas e Alexandra acaba sendo a primeira vítima, tornando-se sua namorada em pouco tempo. Savannah e Louis acabam tendo que organizar o cenário de uma peça, Otelo. A garota descobri que possuí uma arma poderosa contra o namorado de sua amiga, pois ninguém ali sabe que ele já foi expulso, informação que colocaria sua inscrição na atual faculdade por um fio. O garoto lhe faz uma ameaça: Se ela contar para alguém sobre o seu segredo, ele dará um jeito de cancelar o seu teste para a peça. Um trato surge e um amor também."
Espero que gostem da fanfic, e sobre Truly, Madly, Deeply, o que acharam? Comentem o que acharam do capítulo e dêem sugestões.

Um comentário :

Anônimo disse... Responder

Adorei eu ate gostei dela te perdido pq ai ela pode ter mais pra frente mais o resto amei

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